sexta-feira, 13 de julho de 2007

Sexta-feira 13

Hoje é um dia em que muita gente acredita ter uma força especial. Alguns acham que sexta 13 é dia de azar, outros de sorte e os mais desligados dessas coisas acham indiferente.
Pra você, o que é?

Cada um tem sua forma de ver esse dia. Para mim, lembra minha mãe. Ela nasceu em 13 de janeiro. Lembro-me que quando era criança e o aniversário dela caía na sexta, ela detestava... Com o tempo não a vi falando mais nisso. Mas me marcou, todo dia 13 (especialmente quando é na sexta) eu me lembro da minha mãe. Me lembro da falta que sinto dela, do quanto é especial para mim.

Eu sou a mais velha de 3 irmãos, o segundo é exatamente 1 ano e 2 meses(exatos) mais novo que eu, o outro 4 anos. Então não tive muita exclusividade da minha mãe, mas no fim das contas ela fez um bom trabalho. Me deixou ser indepentende, me ouviu com atenção. Quando eu dava uma de adulta ela me deixava ser assim. Claro que me chamava a atenção quando necessário. Ela respeitou minha personalidade e isso me fez muito bem.
Como toda mãe, ela teve erros e acertos. Durante muito tempo a julguei pelos erros, a cobrava por isso. Sei que isso a machucou, porque toda mãe quer ser perfeita. Levei muito tempo para entender que ela é humana, a gente sempre acha que os pais estão acima disso.
Durante minha adolescência, tive os conflitos que todo filho tem com a mãe. Em especial as meninas, pois se espelham na mãe: seja para querer repetir os acertos como para repelir os erros. Tinha coisas que ela fazia que eu jurava nunca fazer. Achava meu pai forte, centrado, batalhador, queria ser igual a ele. Minha mãe era a dona de casa, que cuidava da família, não queria aquilo pra mim, não entendia a importância.

Quando eu saí de casa, passei a ver muita coisa. Entendi que aquela docura que ela tinha, que aquele jeito diferente do meu pai, também era importante na vida. Senti falta dela, nossa relação melhorou. Depois passei a não culpa-la pelos erros e sim entendê-los, pois eu mesma passei a ter meus próprios erros. Hoje eu vejo que tenho características da minha mãe e do meu pai e também as minhas. A maneira como somos criados diz muito do que vamos ser durante a vida. Os pais nos servem de modelo, até que achemos nossa própria maneira de ser.

Agradeço muito aos meus pais pelo que fizeram. Hoje, lembrando da minha mãe, agradeço especialmente a ela, que me ensinou muito sobre sentimento, sobre amar. Meu pai era mais preocupado com o sustento da casa, com a formação dos filhos. Minha mãe dizia "arroz com feijão não é tudo na vida" e meu pai respondia "mas é o que mantem a vida". Os dois se completavam. Isso é um espelho muito bom para uma criança: um lado racional, aguerrido e outro emocional, apaixonado. Tive amor e carinho dos dois: do meu pai um amor mais desprendido e da minha mãe um amor mais protetor. Meu pai me ensinou que devemos voar com nossas próprias asas e minha mãe que o amor das pessoas nos ajuda a voar.

Mãe, obrigada por seus erros e acertos, obrigada pela vida que meu deu e por tudo que me ensinou a ser. Pai, obrigada por me deixar viver meus sonhos e sempre por me dar apoio para realizá-los.

Ah: esse post era pra ser só sobre minha mãe, mas enquanto escrevia eu notei que não sei falar dela, sem falar do meu pai, pois os dois são duas metades que se complementam.

Feliz sexta-feira 13 a todos! Que seja um dia de muita sorte.

Beijos queridos e um fim-de-semana mais que iluminado.

10 comentários:

Lari Bohnenberger disse...

Pra mim a sexta feira 13 é só um motivo para brincar sobre o assunto... lembrei da história que uma amiga me contou de quando era criança! Ela achava ruim porque o aniversário dela nunca caía na sexta-feira 13... até que um dia uma amiga falou: "como é que tu quer que teu aniver caia em uma sexta-feira 13 se tu nasce dia 9?
Eheheheh!
Bjs! Legal o blog!

Elza disse...

Ahh sexta 13 é um dia normal, como qualquer outro, a única razão para um dia ser especial é justamente esta que vc descreveu, quando ele nos marca com algo, no seu caso com sua mãe, nada melhor!
Muito legal sua trajeiória!
bom final de semana.
=]

Anônimo disse...

Amei seu texto! Pais são seres iluminados que fazem parte da nossa vida! Eu aaaamo os meus! Não imagino minha vida sem eles!
Bjinhos.

Mayra Luna disse...

Oi querida. Hoje cheguei do almoço e li seu comentário no meu blog. E vim aqui ler o seu último post. O mais engraçado é que eu e minhas amigas do trabalho passamos o almoço inteiro falando em nossas mães, como elas são, o que faziam de errado ou certo... eu até chorei ao ler seu texto. Minha história se parece mto com a sua, mais uma vez. Obrigada por me dar esse presente nessa sexta-feira 13. Beijinhos e té mais.

-Matheus disse...

Eu nem ligo pra sexta-feira 13, mas hj é dia mundial do rock, e isso eu gosto bastante, eu quase respiro isso.
Mas achei lindo seu texto, e confesso sentir um tanto de inveja de vc, por ter seus pais tao unidos e tao representantes pra vc. Meus pais se separaram quando eu tinha 11 anos. E hj aprendo coisas com minha mae, q meu pai discorda e assim vice-versa. Mas sei a importancida deles pra mim.
Beijos e um bom fim-de-semana.
OK, jah coloquei seu blog la no meu tb.
;)

Diego Moretto disse...

Pra mim hoj não é dia de assomkbração. A data tbm comemora o dia mundial do Rock, que esta na minha veia desde meu nascimento, hehehhee. Bela homenagem à sua mãe!! Bjus!!!!!

Fred disse...

oi minha amiga kakakka sexta feira 13 pa mim representa o dia em que nasci.. kakkaka talvez seja o dia de maior azar do mundo então kakakka mais tipo no que vc falou no meu blog.. acho que a dor não vem da falta de amor,... ela vem do orgulho e da vaidade.... heheh beijossss

Fred disse...

mias escrever sobre amor é facil.. mais dificil seria escrever sobre as pessoas que não trazem o amor livre do orgulho e da vaidade.. ai sim complicaria.. heheh

Ana Maria disse...

Nunca dei importância para sextas-feiras 13.. mas sei lá.
Depois dessa vou repensar o assunto.

Muita coisa ruim aconteceu.
Coisa do destino? Coincidência?
Sei lá...




Beijo
Amei o blog

Johnn. disse...

Não sou muito ligado a superstição...
Mas gostei muito do seu post, o jeito como você falou da sua mãe, passou emoção mesmo.